Jovens Lições

Neste Domingo, 14.08.11, o tema de nossa Escola Bíblica Dominical será no mínimo instigante. Digo instigante porque trataremos de questões cuja maior premissa é o amor. Descorreremos sobre o ato de Servir. A relação com o amor vocês entenderão ao longo do texto.

Já pensou se Deus fosse um ser totalmente autoritário? Imagine só, ele criando os seres humanos e lhes imputando a obrigação de serví-lo, ou seja, você não tem outra opção. Esqueça livre arbítrio. Já pensou? Mas tal aspecto não persiste em Sua personalidade. A prova disso é o mundo que vemos nos noticiários. E quando me refiro ao mundo, dirijo-me ao Sistema ideológico e filosófico criado por nós próprios, resultado do nosso livre arbítrio.
Embora Deus não tenha instituído um governo ditatorial e não tenhamos que serví-lo se não quisermos, este é o desejo dEle, que sejamos seus servos. A denotação da palavra servo é essa mesmo que vocês estão pensando, escravo. Uma pessoa desprezível, isenta de direitos, humilhada e principalmente, sem nenhuma vontade própria.

A pergunta recorrente dessa última acertiva é óbvia: Porque Deus nos quer como servos? Eu poderia finalizar o post aqui respondendo: Ele criou você oras, te criou. Quais direitos um vaso de barro tem sobre o oleiro que o fez senão de serví-lo a sua maneira?
Hummm... Resposta curta e grossa, mas autêntica. Entretando, não vamos terminar assim.

Gostaria de lembrar que o próprio Deus, que criou tudo isso que você vê, um dia se colocou como um servo. Um dos maiores exemplos de amor expressados por Jesus foi no momento em que Ele tomou uma bacia com água em suas mãos, uma toalha em seus ombros e lavou os pés dos seus discípulos. O Deus que deixa seu Senhorio para servir aos homens!

Neste ínterim, relacionamos o ato de servir com o amor. O nosso primeiro passo em direção ao serviço Cristão é amar a Deus, servindo-O apenas por amar. Por isso a questão é instigante. Estamos falando de renunciarmos a nós mesmos, as nossas vontades, aos nossos prazeres, aos nossos deleites, para assumirmos todo o querer de Deus. Não deve existir meio termo nisso.

Além de servir a Deus, devemos servir também a quem está do nosso lado, a exemplo de Cristo. Agora a coisa começa a ficar mais complicada. Servir ao nosso próximo não é uma tarefa fácil. É incrível como existem pessoas com uma capacidade terrível de nos magoar. É exatamente aqui onde devemos dar o segundo passo, amar ao nosso próximo e serví-lo somente por amar.

Você serve a Deus se quiser, ama seu vizinho se quiser. Resultado? Perde-se em si mesmo.
Mas se vc quiser, pode amar e viver para Deus e ter comunhão plena com seu próximo. Resultado: Encontrará a resposta.

Aquele que se fizer pequeno, por amor, será grande um dia. Cristo nos garante isso. Acredite, servimos a um bom Senhor!

Boa aula...

O engraçado é que Jesus nos chama de 'Bem-aventurados'. Engraçado? Para alguns.

Jesus profere algumas beatitudes descritas no Capítulo 5 do livro de Mateus, dentre elas, esta: "Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa". Quanto as injúrias, perseguições, mentiras e outros males proporcionados à igreja primitiva, não podemos negar, ocorreram em demasia, em especial, a perseguição ao cristianismo.

A história aponta práticas horrendas realizadas pelos perseguidores dos cristãos primitivos. Todo que professasse ou ensinasse a novidade do Evangelho, era literalmente dizimado. A morte dos cristãos tornou-se um show ao ar livre na segunda metade do primeiro século, inicialmente em Roma, depois em todo o Império Romano, quando jogados no Coliseu, serviam de diversão para o público e para os leões.

O nível de perseguição era alto no início do Cristianismo, se é que deveríamos considerar 'níveis'. Contudo, o mais incrível é que, quanto mais os cristãos eram perseguidos, mais proliferavam. Quanto mais mártires, mais vidas se convertiam. Isto é no mínimo interessante. O que você pensa a respeito? Desde a escravidão do povo hebreu no Egito podemos notar que quanto mais este era oprimido, mais em número crescia.

A respeito de níveis de perseguição, será que em pleno século XXI, as perseguições e tentativas de frustrar os planos da Igreja ocorrem em menor escala? Ou não são tão fortes quanto foram nos primeiros séculos? É óbvio que não! Ainda existem países, onde a proclamação Palavra de Deus é terminantemente proibida. Não só a proclamação, mas a própria manifestação de fé no Cristianismo. Pessoas ainda são levadas à morte por conta do nome de Jesus.

E quanto ao relativismo moral imperante em nossa sociedade? É sem sombra de dúvidas, uma forma de perseguição sorrateira. Os conceitos do que é certo e errado passam a ser definidos pelo que for mais conveniente no momento, logo, a Palavra de Deus, tende a ser cada dia mais, desprezada pelas pessoas. A tentativa é de anular os princípios ensinados por Jesus, anular a ação da Bíblia do modo de vida de todos.

E lá vamos nós, em meio a tantas ondas de pensamento, a tantos costumes, culturas, "leis", "princícios mal definidos de igualdade", ainda assim, a Igreja persiste em crescer. Isso é incrível e um tanto incompreensível. Incompreensível? Para alguns.

O filósofo Voltaire, um iluminista francês, acreditava que a Bíblia e o Cristianismo acabariam dentro de algumas centenas de anos. Ele morreu em 1778. O Cristianismo continua.

Nietzsche, em 1882, disse: "Deus está morto". Ele cria que o surgimento da ciência seria a destruição da fé. A ciência surgiu e o Cristianismo continua. (Neste parágrafo, recorri ao auxílio de Max Lucado, quando este escreve o livro "Ele escolheu os cravos". Sintam-se a vontade para pesquisar a respeito).

Voltando a afirmação de Jesus, "Bem-aventurados sois vós...", fato, somos sim, bem-aventurados. A nossa casa não é aqui. Temos um objetivo, o qual não se sustenta em interesses terrenos, mas firma-se em alcançar vidas nesta terra, para nos fazer companhia eterna no lugar que o próprio Jesus nos tem preparado (Jo 14.2).

"Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e o depositavam aos pés dos apóstolos." At 4.34.

Esta não é, infelizmente, a realidade de muitas igrejas hoje em dia. Existem ainda disparidades um tanto que absurdas no meio dos cristãos que fazem parte de uma mesma denominação, estas no que tangem a desigualdade socio-econômica. São pessoas com um considerável poder aquisitivo convivendo com outras cuja situação financeira é lamentável.

A Igreja Primitiva não passava por necessidade material alguma porque todos, mutuamente, se ajudavam. Como naquele tempo, hoje existem pessoas com mais e outras com menos dentro da nossa igreja e, o Cristo que falou sobre o 'amar ao próximo' e que operou naquela igreja, é o mesmo Cristo o qual seguimos hoje, e que também opera por meio de nós. Então, por que não agimos de igual modo aos primeiros da fé, com total desprendimento de nós mesmos para prestar auxílio aos nossos irmãos mais necessitados? 

Contudo, ainda que muitos dos santos enfrentem situações difíceis nas finanças, Deus é Aquele que provê tudo em nossas vidas e nada nos deixa faltar.

A ordem de Jesus registrada em Mc 16.15 expressa um dos primordiais objetivos da Igreja Cristã, o de anunciar as boas notícias de Salvação a toda criatura. Além de começar a executar com firmeza esta ordenança, a Igreja Primitiva nos traz também um exemplo fiel, a ser copiado, de como os primeiros seguidores de Cristo portavam-se diante das necessidades sociais. Não tratava-se de uma filantropia fajuta, mas consistia num altruísmo verdadeiro, um amor fraternal autêntico que brotara no coração dos cristãos recém convertidos.

Para muitos, chega a ser difícil acreditar que os irmãos daquela Igreja passaram a se ajudar mutuamente em todos os sentidos sem que houvesse uma intenção de ganho pessoal no final das contas. A assitência social iniciada pelos apóstolos não objetivava a sua promoção, muito menos um meio fácil de se ganhar dinheiro. O amor de Cristo estava criando raizes nas pessoas que criam na sua Divindade e, este amor, começava a gerar frutos no meio delas. A assitência social foi um desses frutos, "E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha." At 4.35.

Rumo ao novo tema desta semana: Assitência Social, um assunto de extrema relevância que deve ser tratado com todo rigor e zelo pelos santos da Igreja de Cristo.

"Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois, então, bastardos e não filhos." Hb 12.8.

Ser disciplinado é um requisito para nos mantermos como filhos de Deus. Um filho que não obedece ao seu pai, o desonra. Como Deus não pode ser desonrado, quando saímos da disciplina, simplesmente não somos mais considerados seu filhos legítimos. Somos nós que perdemos a honra. Tendo esta ideia em vista, fica clara a necessidade que temos de buscar a disciplina.

Quando o escritor aos Hebreus utiliza a palavra 'bastardos', hermeneuticamente, diz-se de um indivíduo corrompido, enfraquecido. A disciplina nos mantém firmes na Fé, fortes e corretos diante de Deus. Quando um cristão anda em conformidade com os ensinamentos de Jesus, tende a contaminar as pessoas ao seu redor com o Amor de Deus. A vida disciplinada na Palavra de Deus é um testemunho de fidelidade diante dos homens.

Como uma pessoa pode viver numa autêntica Disciplina Cristã em meio ao relativismo moral imperante na sociedade moderna?

"Porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho". Hb 12.6.

Você provavelmente, em algum momento da sua vida, fez alguma coisa que seu pai considerou errado. Diante dessa situação, o que ele fez? Te colocou em um castigo? Reclamou? Deu aquela 'velha bronca'? Considere, se ele fez alguma coisa desse tipo, fez por te amar. É bem verdade que nem sempre nossos pais estão 100% certos naquilo que dizem, algumas vezes cometem equívocos. Ainda assim, quando tentam corrigir seus filhos, o fazem com a melhor das intenções. Nesse sentido, a única diferença entre Deus e os nossos pais é que o Senhor sempre está 100% certo.

Agora imagine, o Deus que na Sua Soberania, conhece os desejos mais profundos do seu coração, que diferentemente do seu amigo mais chegado o qual vê apenas sua aparência, sabe e julga todas as suas intenções e, que tem o Melhor pra te dar, esse Deus, coloca-se diante de você como um Pai. Um Pai que te ama sem precisar de um motivo, ou de um tempo para amar, ou de qualquer outra condição. Ele o recebe por filho e te corrige sempre que for preciso. Por que se indignar contra Ele quando somos repreendidos, disciplinados? Ele sabe que o nosso próximo passo, após sua correção, será pra frente!

Como ter certeza de que estamos seguindo no caminho certo? O que define o 'certo'?

"A vara e a repreensão dão sabedoria, mas o rapaz entregue a si mesmo envergonha a sua mãe". Pv 29.15.

O livro de Provérbios está repleto de conselhos concernentes à Disciplina. Neste versículo, Salomão mais uma vez, faz menção do uso de uma disciplina coerciva, por meio da 'vara' e de uma repreensão, que por si só, pode ser considerada como um castigo. Ele acrescenta o resultado da disciplina quando esta é executada severa e energicamente: a sabedoria.

É fato que, toda repreensão, a princípio é desconfortável. Geralmente, não traz uma sensação de felicidade no primeiro momento. Muita gente não gosta de ser chamado à atenção, uns por se sentirem constrangidos, outros até infamados. Contudo, há um fruto e um objetivo sobrepujante, o qual passa a ser notório com o passar do tempo. O que era tristeza no início, converte-se numa experiência positiva e em frutos de justiça no futuro Hb 12..11.

Salomão ainda diz que 'o rapaz entregue a si mesmo envergonha a sua mãe'. Ele se refere ao jovem que vive em função de si mesmo, sem nenhuma pretenção de atentar aos ensinamentos e correções de seus pais, o que torna-se vergonhoso diante deles. A consequencia disso alcança uma proporção maior, pois o reflexo da sociedade aponta para as ações humanas. Uma pessoa que nunca tenha se deixado disciplinar, terá ou até levará problemas para o meio social no qual esteja inserido.

Como você definiria uma boa e consistente educação familiar?

"Aplica à disciplina o teu coração e os teus ouvidos, às palavras do conhecimento". Pv 23.12.

Quem melhor do que o sábio Salomão para nos aconselhar acerca da disciplina e do conhecimento. Seu primeiro ato desmonstrativo de sabedoria foi o seu pedido a Deus, a própria sabedoria!

Sua orientação é para nos fazer entender, que antes de tudo, devemos colocar o nosso 'coração' em disciplina, ou seja, no âmbito dos nossos mais ínfimos desejos e aspirações, aplicar uma lei que dirija nossas ações.

Depois, nos instrui a atentar os nossos ouvidos ao conhecimento, o que nos leva a uma remodelação constante da nossa mente, pois o conhecimento não possue um limite.

Este é um incentivo à disciplina, uma recomendação muito salutar. Contudo, a questão polêmica, segue-se nos dois versículos seguintes: Pv 23.13,12.

O Projeto de Lei nº 2.654/03 que proíbe qualquer tipo de castigo físico em crianças e adolescentes já foi encaminhado ao Senado e está em fase de aprovação. As questões são: Quando Salomão escreve sobre 'castigar com vara', devemos interpretar esta expressão literalmente? Ou a palavra 'vara' é exposta de forma figurada, traduzindo-se apenas como uma correção ou exortação verbal? Caso deva-se interpretar estes dois versículos de forma literal, o que dizer sobre o Projeto de Lei da Palmada? A que argumentos favoráveis e/ou desfavoráveis você se prenderia?

Nesta lição, trataremos, mais especificamente, da disciplina na Igreja. Qual a sua importância? Seu objetivo? Que resultado espera-se de uma igreja disciplinada? Que parâmetros utilizar para definir uma disciplina dita correta?

Bons estudos!